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26.09.2017

(05) Território do povo: ocupar, resistir e construir o Quilombo Cultural

Em 2010, com a chegada da nova diretora Solange Amorim à antiga escola Campo Limpo I – localizada na divisa entre o Jardim Catanduva e o Jardim Olinda –, o rumo da unidade escolar mudou completamente. Diante de uma estrutura de organização completamente tradicional e consolidada que pouco dialogava com as demandas locais, a diretora colocou em prática o desejo de fortalecer o conselho escolar como uma instância representativa através de diversas discussões entre alunos, funcionários, professores, familiares e pais, para que se criasse uma nova identidade para o local, abarcando os desejos e demandas de todos que, direta ou indiretamente, faziam parte da escola.

Estabelecer o conselho como um local de debates e formação política, cultural e pedagógica que pudesse legitimar as decisões sobre os rumos que a escola teria dali para frente, seria de extrema importância para que a E.M.E.F. se colocasse de forma diferenciada em relação à todas as escolas municipais da cidade.

Um fato muito importante para a consolidação dessas novas práticas foi quando se deu o processo de votação para a mudança do nome da escola. Com forte adesão dos alunos, escolheu-se alterá-lo de Campo Limpo I para Dr. Sócrates Brasileiro Sampaio de Souza Vieira de Oliveira. A referência ao ex-jogador que lutou pela democracia não foi em vão pois dialoga diretamente com os princípios que Solange trouxe para a nova gestão escolar. Em 2015, a gestão Haddad tornou oficial o novo nome da escola.

A partir dessa nova forma de atuação do conselho pedagógico, foi possível colocar em pauta um processo de interlocução com a comunidade para se discutir o uso do terreno que se localiza ao lado da escola, que acabava servindo como ponto de acúmulo de lixo e tráfico de drogas. Em junho de 2015, o Conselho Pedagógico da E.M.E.F. Dr. Sócrates Brasileiro resolveu convidar os coletivos culturais, associações de bairro do entorno e famílias de alunos para discutir o uso e transformação deste terreno baldio. A partir desse encontro nasceu a ideia do terreno se tornar um galpão cultural para oficinas culturais, esportivas, profissionalizantes e de lazer para toda a comunidade. Das reuniões de organização e mobilização para transformação do espaço e da adesão de várias outras representações locais surgiu o coletivo Território do Povo: uma federação de coletivos de diferentes origens e reinvindicações mas que compartilham a mesma bandeira do direito à cidade. Fazem parte dele a E.M.E.F. Dr. Sócrates Brasileiro, na figura de seu conselho de escola e do seu grêmio estudantil, a ASSAJO (Associação de Moradores do Jd. Olinda), a Brechoteca Biblioteca Popular, o Sarau do Binho, a escola de samba Acadêmicos do Campo Limpo, a Brava Companhia de Teatro, o Coletivo RUA – Juventude Anticapitalista e o coletivo de grafite KVC – Kores e Valores Crew.

Desde que o Território do Povo se formou foram realizadas algumas ocupações no terreno com o objetivo de chamar atenção, tanto do poder público quanto dos moradores, sobre a importância do local e seu potencial cultural. Aconteceram diversas oficinas de música, dança, grafite, algumas ações sociais articuladas com a UBS Campo Limpo e além disso, cortejos poéticos que passaram pelo entorno do terreno no Jardim Olinda.

Durante o segundo semestre de 2016, os alunos da Escola da Cidade entraram em contato pela primeira vez com o Território do Povo. Havia uma demanda para se pensar uma alternativa ao projeto de galpão cultural apresentado pela prefeitura em 2016. A partir desse momento, estabeleceu-se um vínculo entre a faculdade e o coletivo. Já em 2017 foi possível de fato aliar a demanda do projeto para o terreno com a disciplina do Estúdio Vertical que trouxe o tema Modos de Pensar e Modos de Fazer. Assim, ao longo do semestre, o grupo desenvolveu um projeto de ocupação para o terreno que levou em consideração a sua viabilidade, diálogo com o terreno e seu entorno e a troca com os agentes envolvidos no Território do Povo.

Premissas para um projeto possível

O projeto desenvolvido no Estúdio Vertical – disciplina que une alunos de diferentes anos – buscou dialogar diretamente com o tema proposto Modos de Pensar e Modos de Fazer ao estabelecer uma intensa aproximação tanto com a situação física do local quanto com os agentes envolvidos na comunidade. Tendo como objetivo a formulação concreta de uma ocupação no terreno localizado ao lado da E.M.E.F. Dr. Sócrates Brasileiro – bem no coração do distrito do Campo Limpo – os caminhos experimentados indicaram uma busca por soluções espaciais e materiais que conciliassem demandas solicitadas formalmente pelo Território do Povo e as demais frentes que integram a ação conjunta pela apropriação do terreno, além de considerar a sua viabilidade futura.

Partindo de um inexistente orçamento atrelado a um olhar arquitetônico advindo da nossa formação, a situação projetual exigiu uma posição minimamente técnica para que ela pudesse ser compreendida como exequível futuramente. A escolha por materiais acessíveis e de baixo custo esteve sempre atrelada à referências arquitetônicas que trabalham nesse sentido – trazendo a escala da mão, a falta de necessidade de mão-de-obra especializada, o mínimo de impacto na pré-existência – o que se traduziu em construções leves e de fácil execução.

A implantação

Foi pensada uma implantação que idealiza a ocupação em parte do terreno, tendo como norte um espaço bem desenhado a partir de estruturas que abrigam programas em diálogo direto com as demandas do Território do Povo: um palco para abrigar eventos culturais e reuniões das diversas agremiações que integram o coletivo, uma biblioteca para acolher o acervo e funcionamento da Brechoteca, uma geodésica que se coloca um pouco abaixo do nível do principal eixo de ligação e se estabelece como um espaço de leitura e atividades lúdicas-recreativas mais próximo da borda do córrego e, por fim, uma olaria que pretende acomodar a fabricação dos tijolos que serão utilizados na construção do palco e nos caminhos criados no terreno, além de figurar como um grande pavilhão que pode receber atividades relacionadas à construção. Todos volumes são conectados a um grande eixo central cuja largura varia de 1m até no máximo 1,5m e que passa pelo meio do projeto de paisagismo, criando um grande percurso no trecho ocupado.

Grupo 05: Alexandre Drobac, Alexandre Makhoul, Marina Dahmer, Pedro Levorin e Thiago Simbol

Orientador: Daniel Corsi

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