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23.10.2017

(08) É pra ontem

Entendemos que a arquitetura precisa estar sempre dialogando com a sociedade e o meio no qual se insere, e que o conhecimento ganho pelos arquitetos precisa ser repassado e assim atender a necessidade das cidades e dos cidadãos. É evidente o grande déficit dentro das cidades em relação aos projetos arquitetônicos e soluções urbanísticas frente a enorme demanda de melhorias eficientes e rápidas. Precisamos de soluções “pra ontem”.

A partir de referências de arquitetura de guerrilha trazidas da Espanha por um dos membros do grupo, começamos a desenvolver essas questões e nos interessar cada vez mais pelas características de efemeridade, utilidade e rapidez dessa arquitetura.

Durante o semestre passamos por diversos momentos de trabalho e reflexão, procurando a melhor maneira de expressar nossa vontade de agir sobre a realidade paulistana de uma forma mais imediata. Após algumas discussões, percebemos que os cidadãos que talvez mais precisem e se utilizem dessa arquitetura ágil e urgente são aqueles que se encontram em situação de rua, e a partir dessa percepção, optamos por “adotá-los” como sujeitos de estudo. Decidimos então trabalhar, especificamente, com os moradores de rua do centro de São Paulo. Para estabelecer um primeiro contato com essa realidade iniciamos uma série de saídas para pesquisa de campo, nas quais conhecemos diversos moradores de rua e suas histórias, o que nos instigou a todo momento.

Com essas conversas o trabalho foi saindo cada vez com mais naturalidade, até o dia que conhecemos Maria Eulina, fundadora da ONG Mães do Brasil que fica no Castelinho da Rua Apa. Isso foi um disparador para nosso trabalho, pois sintetizava muito bem nossas vontades com a arquitetura de guerrilha. Nós então abraçamos essa ideia e passamos a desenvolver nosso trabalho em função dela. Então, delimitamos um raio a partir da praça que virou nossa área principal de analise, sempre voltados à realidade dos moradores de rua.

Devido a nossa decisão de dar continuidade a esse trabalho em forma de TC-EV no próximo semestre, definimos que a ultima etapa do trabalho pra essa entrega seria um levantamento e mapeamento o mais completo possível da érea estudada, sob o olhar da ocupação dos moradores de rua, para que, nas próximas etapas possamos realizar uma proposta de projeto urbano bem embasada e coerente que atenda as necessidade desse universo.

Grupo 08: Derek Orlandi, Philip Zucker, Caio França, Vicky Berl, Isadora Muskat
Orientadora: Fernanda Barbara

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