O projeto propõe instalações que trazem à tona a ideia de “algo que ocorre simultaneamente a outra realidade”. O objetivo é ressaltar a problemática do Trabalho escravo que com frequência é invisibilizado. Para isso a equipe propõem a utilização de elementos e linguagens corriqueiros na sinalização utilizada nas obras de construção civil que, porém, contenha informações de proibição e perigo que denunciam as condições e a ilegalidade do regime de trabalho.
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18.09.2017
Intervenção em paralelo
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29.08.2016
Em Paralelo
Por Danielli Costa Wal, Guilherme Akio Nojima Garmatter, Mayara Wal, Milene Gil, Semyramys Monastier
O que justifica o trabalho é o jogo de escalas. A escravidão na contemporaneidade ainda é um problema cuja escala é maior que a do aeroporto e ocorre em paralelo com a vida das pessoas que, por vezes, ignoram essa problemática e reduzem sua proporção. Como a proposta do projeto é tornar visível a invisibilidade dos trabalhadores envolvidos em trabalhos forçados, optamos por representá-los em miniatura. Os bonecos quando posicionados no piso do aeroporto tornam-se quase invisíveis, o que demonstra a percepção da maioria das pessoas em relação à questão da escravidão, ou seja, passa quase despercebida. Na intenção de chocar e criar o sentimento de empatia nas pessoas, decidimos utilizar a linguagem de uma obra comum em locais que atrapalham o fluxo usual. E, desta forma, atrair a atenção dos passantes para a instalação que revela, através de frases agressivas e uso dos bonecos, que não é uma obra, mas um chamado de atenção à uma questão social. Esta questão que de acordo com a IOT (Organização Internacional do Trabalho) “é um fenômeno global e dinâmico, que pode assumir diversas formas, incluindo a servidão por dívidas, o tráfico de pessoas e outras formas de escravidão moderna.”