Southern Pine Lumber Company’s Camp Nº 1, 1907-1912.
No inicio do século XX, na Costa Leste dos Estados Unidos, fizeram e desfizeram-se mais de uma centena de cidades para a extração da madeira. Estes acampamentos eram transportados pela ferrovia, dispostos nas margens dos trilhos, estabelecendo um núcleo de 50 – 100 famílias por um período não maior que cinco anos. Rodeado pela natureza, porém protegido e amparado pelas construções, umas de um lado – outras dos outros , o recindo entre estes módulos era o espaço de encontro das mulheres, lugar dos jogos das crianças e do descanso noturno dos lenhadores. Após o corte destes bosques, estas vilas itinerantes compostas por residências – vagões, partiam levadas pelo trem. Este modelo de ocupação/extrassão foi por sua vez reproduzido no sul do Brasil a partir dos anos 30 pela empresa Lumber.
A proposta para as instalações temporárias do Sesc-SP, assim como das colônias americanas, tem por objetivo serem: montáveis, desmontáveis, armazenáveis e transportáveis. Os módulos de madeira, são projetados para receber o programa de apoio as atividades do Sesc, tais como cozinha, sanitários, vestiários e depósitos. Estes “vagões” se agrupam em distintas organizações, permitindo a criação de espaços com características e dimensões diferentes, em função do programa de cada unidade Sesc. É possível também pensar a ocupação sobre estes blocos, ampliando a área do mezanino, através de plataformas entre os módulos. O invólucro deste continente foi concebido como um fechamento leve, transparente e ventilável, de forma a proteger as atividades do Sesc das intempéries sem que com isso se perda a relação com o espaço externo. Estima-se que este pavilhão esteja no Sesc Campo Limpo, por um período de 4-5anos enquanto é desenvolvido o projeto e obra definitiva da unidade.
Atualmente nas áreas de Arquitetura e Ambientação, Conforto Térmico e Acústico, Comunicação Visual, Luminotécnica e Paisagismo participam 05 equipes de projeto, compostas por 10 professores, 11 estudantes e 6 ex-alunos da Escola da Cidade. Trata-se de uma experiência inédita e extraordinária para toda a faculdade.
EQUIPE
Alvaro Puntoni, Carolina Klocker, Marta Moreira e Otavio Sasseron