“[…] O mapeamento ou figuração do capital não é uma questão de precisão ou semelhança, em que a forma estética seria um mero instrumento de conhecimento, mas a constituição de um campo de forças no qual as nossas concepções de modos de produção e regimes estéticos são colocados em prova. […]” (pp. 21 e 22)
“[…] Mapeamento cognitivo não é apenas um sinônimo para consciência de classe; ele está intimamente ligado com a ideia de critica dialética, o problema entre marxismo e forma, a ideia Sartreana de totalização. […]” (p. 22)
“[…] O capitalismo como totalidade é desprovido de um centro de comando e controle facilmente compreensível. É precisamente por isso que ele coloca um problema estético, no sentido de exigir maneiras de representar as relações complexas e dinâmicas intervindo entre os domínios da produção, consumo e distribuição e suas mediações políticas estratégicas e formas de tornar visível o invisível. […]” (pp. 24 e 25)
Trechos do livro Cartograhpies of the absolute, de Alberto Toscano e Jeff Kinkle. Winchester: Zero Books, 2015.
O mundo é um negócio
“Você é um homem velho que pensa em termos de nações e pessoas. Não existem nações. Não existem pessoas. Não existem russos. Não existem árabes. Não existe Terceiro Mundo. Não existe Ocidente. Só há um sistema holístico de sistemas! Um vasto e imanente, interligado, interagente, multivariante, multinacional domínio de dólares! Dólares petrolíferos, eletro-dólares, multi-dólares. Moeda alemã, moeda japonesa, moeda russa, moeda britânica e moeda dos judeus! O sistema internacional da moeda corrente que determina a totalidade de vida neste planeta. Esta é a ordem natural das coisas hoje em dia. Esta é a estrutura atômica, subatômica e galáctica das coisas hoje em dia.
E você mexeu com as forças primitivas da natureza! E você vai se retratar! Estou me fazendo compreender?”
Trecho do filme Rede de Intrigas (Network, 1976), dirigido por Sidney Lumet.
Tradução: André Mesquita