PROJETO PREMIADO
autor_ José Paulo Gouvêa
colaborador_ Mateo Arjona
A unidade de 75m 2 dispõe os 02 dormitórios nas laterais da planta liberando a parte central para as salas de estar e jantar. Os banheiros e a cozinha constituem um único volume disposto entre os dormitórios e salas e um deck externo de lazer. Portas balcão instaladas na cozinha permitem a integração plena entre área externa e interna ao redor da bancada do fogão, de forma que de qualquer ponto da casa seja possível desfrutar da paisagem do vale. Nos dias quentes de verão, o deck externo torna-se uma extensão natural das salas e cozinha, convidando os habitantes a estarem nos jardins sob o sol. Nos dias frios, com todas as aberturas da unidade fechadas e isoladas, uma lareira garante o conforto dos compactos ambientes internos sem, no entanto, impedir a visão da paisagem do vale através dos grandes caixilhos das salas de estar e jantar. Além de celebrações e refeições ao ar livre, a área externa também pode receber fogueiras durante as noites. A unidade de um dormitório é uma derivação da unidade de dois dormitórios e tem 55m 2 , mais compacta e econômica, sem, no entanto, perder as características de integração entre dentro/fora e a paisagem. O acesso às unidades, respeitando as três tipologias de terreno constantes no edital, acontece pelo deck na área de lazer. Essa configuração com deck no acesso às unidades faz com que não exista frente e fundo, fazendo com que o volume seja percebido projeto premiado em sua totalidade, como um objeto inserido na paisagem.
ata do júri
Projeto que resolve o programa com enorme simplicidade, com a adoção de poucos elementos para alcançar a espacialidade proposta. A solução de esquadrias – apesar de representar um impacto significativo na composição de custos – é fundamental para manter o partido adotado: a máxima disponibilização da vista, e a conversão de toda a casa em “varanda”. Planta enxuta, sem qualquer concessão e espaços exclusivamente de circulação. O júri questiona dois aspectos estruturais e recomenda sua revisão. O primeiro são os balanços das vigas de madeira, indicados com peças coplanares; sugere- se o deslocamento vertical para viabilização da solução proposta. O segundo é a criação de dois módulos estruturais distintos; o júri sugere o deslocamento dos eixos dos pilares internos; a sala conviveria sem problemas com pilares soltos.