Partindo da compreensão de que o andar térreo do edifício da Escola da Cidade possui um maior potencial público ou, em algum sentido, um maior potencial de encontros e eventos entre alunos, funcionários, professores e visitantes, o grupo propõe a ampliação deste espaço a partir da quebra parcial da laje deste andar com o subsolo, obtendo assim um pé direito duplo, melhorando a iluminação e ventilação, possibilitando novas apropriações deste ambiente.
Para isso, realocamos e ampliamos a gráfica da escola, espaço este compreendido como de extrema importância para a publicação de trabalhos e pesquisas desenvolvidos neste espaço acadêmico. O local que abriga atualmente a marcenaria e o laboratório de conforto ambiental dará lugar à biblioteca, espaço este compreendido pelo grupo como de caráter público e que, portanto, deverá estar ao alcance do pedestre.
Ampliação do pé direito resultou também no deslocamento da entrada da Escola da Cidade para o espaço destinado atualmente à diretora, que foi realocada para o 7° andar. Esta escolha reflete a necessidade identificada pelos alunos de uma proximidade física e ideológica entre a diretoria e a secretaria, espaços complementares e norteadores das decisões (de qualquer âmbito) tomadas na escola.
As condições precárias da marcenaria da Escola da Cidade, juntamente com o desejo dos alunos por um espaço dedicado ao “fazer”, impulsionaram outra mudança desenhada nesta proposta: a realocação do C.A da cidade para a atual sala de reuniões (ambiente subutilizado na compreensão do grupo) e a transformação deste espaço num grande canteiro de ofícios, um laboratório coletivo, equipado e de caráter mais livre, um espaço de experimentação e maior contato com os materiais.