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O Térreo

Com a oportunidade dada pela Escola da Cidade de desenvolver propostas projetuais pelos próprios alunos para uma eventual reforma do edifício, buscamos de alguma maneira escolher e dar enfoque a um espaço que julgamos como mais pendente: o pavimento térreo. A principal questão levantada foi resolver tanto acessibilidade física quanto a visual, no sentido de seu aspecto como fachada e convite de entrada a uma escola de arquitetura e urbanismo através da nossa ferramenta principal, a arquitetura. Essa questão de maior abrangência levou o grupo a pensar em questões minuciosas que estariam intrínsecas à proposta inicial.

A fim de respeitar a preexistência do edifício, modificamos apenas a fachada do pavimento térreo por ser o espaço de relação direta com a rua. Partimos daí para enfrentar outras questões que seriam levantadas através dessa intervenção: o subsolo e o Centro Acadêmico. Esse fator levou à redistribuição do programa buscando potencializar o uso do térreo e, eventualmente, do subsolo, onde relocamos a biblioteca, para buscar um caráter, de certa maneira, público, uma vez que a Escola da Cidade dispõe a usuários externos palestras, eventos, exposições e a própria biblioteca.

Além do uso do vidro na fachada térrea, utilizamos do elemento rampa para confrontarmos a necessidade de acessibilidade e permeabilidade do edifício, conectando o meio externo ao interno através do olhar e do harmonioso caminhar. Essa rampa de estrutura metálica conecta a cota da calçada pública à entrada do edifício, um saguão com pé direito duplo, que permite o usuário de descer para a biblioteca, ter acesso direto ao Centro Acadêmico e/ou ao pavimento térreo onde ocorrem os principais eventos e aos elevadores, para assim acessar os pavimentos superiores.

No pavimento térreo, oficializamos a comedoria que pode ser aberta diretamente para a área externa viabilizando a venda pública e que também pode ter o caráter de dispor aos eventuais eventos uma área para coquetéis de vernissages e outros. Mantivemos os banheiros e relocamos a Sala da Diretoria para que se mantivesse no térreo não perdendo o contato, principalmente, com Centro Acadêmico. Ao relocarmos a biblioteca para o subsolo, retiramos dali alguns usos que foram para o sexto andar, como a Gráfica Flavio Motta e para o Centro Acadêmico então verticalizado, com o gabarito de cinco pavimentos e um subsolo conectado através de uma espécie de túnel com o do edifício principal, como o Laboratório e a Marcenaria para o subsolo.

Devido a eventual verticalização do Centro Acadêmico, pensamos o térreo desse todo aberto, conectado visualmente com a rua e com o corpo principal do projeto. Propusemos o aumento do C.A., uma cozinha com mais espaço e uma “sala da soneca”, visto que ela é uma pauta recorrente nas atas de discussão dos alunos, considerando o descanso não só dos alunos mas  também dos funcionários.

Em suma, buscamos uma solução visual e acessível que acrescentasse e de fato viabilizasse ao edifício o caráter público proposto pela própria instituição, além de criar uma identidade e um térreo que permitisse aos passantes a presença ali de uma escola de arquitetura e urbanismo, a nossa Escola da Cidade.

 

 

Luiz Paulo Ribeiro Bomeny

Mayara Cristina Meira Vergniano

Gabriela Duarte Navajas

Fabiola Avamileno

Gabriella Gonçalles

Mathias Spínola de Góis Lima

Stela Mori Neri Silva Karime

Abed Zaher

Isabel Ammann Saad

Diego Andres Garcia

Anita Abreu Solitrenick

Flavia Faustino Sampaio

Ariela Abrao Arditi

 

Professores: Pablo Hereñu e Pamela Menezes

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