A possibilidade proposta pela Escola da Cidade de repensar seus espaços físicos e programados em conjunto ao corpo de alunos que a compõe, revelou discussões de extrema validade para a execução real de obras na instituição.
Decorrente destas, ambos grupos elencados escolheram focar à proposta nos espaços do Térreo e Subsolo da Escola, motivados por sua proximidade com o espaço público da Rua General Jardim e pela necessidade básica e de tamanha urgência de tornar o Subsolo da faculdade um local menos insalubre, concedendo dignidade a quem trabalha e usa o espaço cotidianamente.
A proposta buscou elencar as demandas e necessidades urgentes de ambos espaços e torna-las públicas para que sirvam como premissas e pautas para as discussões do Grupo Técnico em conjunto ao corpo discente e docente. A principal questão trazida por diversos componentes do grupo, foi a análise empírica de que tanto o térreo quanto o subsolo da Escola da Cidade ainda compartilham resquícios de suas antigas divisões de uso provenientes de sua ocupação residencial. Estas paredes que conformaram diversos ambientes em seu antigo uso, conseguiram ser extremamente bem contornadas nos outros andares do Edifício, onde hoje são os andares de estúdio e salas de aula do prédio. A intenção é dar continuidade a estas qualidades presentes do 1° ao 6° – de extrema fluidez e marcada pela conformação dos biombos – ao pavimento térreo em conjunto ao subsolo.
Esta busca por prosseguir com o bem sucedido resultado presente nos andares de aula também se conformou em paralelo a um entendimento de que a qualidade das intervenções é decorrente de uma constante desconstrução e limpeza do espaço físico, pautando-se na criação de espaços vazados que facilitem fluidez sem deixar de dar caráter aos ambientes de uso intenso dos alunos. Essa qualidade parece extremamente executável para uma melhor ocupação do térreo e subsolo, onde espaços restritos e residuais ainda estão presentes.
PROJETO PROPOSTO
O térreo da Escola passou a ser lido como uma potência para a visibilidade da Escola perante o espaço público, buscamos tornar visível as atividades da instituição, executando uma limpeza em trechos da laje do térreo e abrindo o subsolo para a rua – espaço este que estará recebendo de forma flexível a [1] maquetaria da Escola em conjunto a marcenaria e laboratório – a intenção concluída é de aumentar o contato entre térreo e subsolo, gerando pés-direito duplos e possibilitando maior permeabilidade visual entre estes espaços além de uma melhor ventilação natural e maior aproveitamento de iluminação natural.
Além disto, busca-se uma maior presença das atividades realizadas na Escola sobre a rua, o térreo passa a ser interpretado como uma vitrine propositiva para a cidade, recebendo agora em sua 2°portaria – hoje extremamente subutilizada – [2] uma área para expor e disseminar a produção editorial e audiovisual da Instituição para a cidade, esta portaria receberá uma sala voltada as mídias da Escola, comunicando e vendendo a produção acadêmica, e de suporte [3] propomos um café voltada em conjunto à rua. A abertura da laje térrea também possibilitará um contato permanente entre a [4] Sala da Diretoria e a produção realizada no novo subsolo, a interação entre maquetaria /marcenaria e sala da diretoria em conjunto a visibilidade destas para a Rua General Jardim definem o objetivos das discussões do grupo.
Esta limpeza sintetizada entre espaços possibilitará uma linguagem mais próxima ao dos outros andares, tornando mais claro o caráter da instituição e o revelando a rua. Estes mezaninos e este aumento de pé-direito tornará digno o uso do subsolo, possibilitando uma melhor vivencia para alunos e funcionários.
[1] subsolo / maquetaria / marcenaria : a limpeza de suas divisões internas possibilitará maior flexibilidade de usos e tornará viável a concretização de um espaço salubre para a marcenaria, além de abarcar a maquetaria da Escola. O aumento do pé direito tornará a ventilação e a iluminação do espaço mais digna, além de possibilitar maior interação com o ambiente térreo.
[2] térreo / espaço mídia / editora e baú / exposições : a retirada de copa e sala de reuniões do térreo possibilitará expor as atividades da Instituição para a via pública, ocupando uma entrada atualmente subutilizada com a divulgação da produção interna à faculdade.
[3] térreo / café : programa de suporte para o funcionamento do espaço mídia e colaborador para um controle e leitura do uso do térreo.
[4] térreo / sala diretoria : a abertura da laje possibilitará o contato cotidiano entre diretores e professores para um novo subsolo marcado pela flexibilidade de usos e por receber a constante produção de maquetes e objetos propostos no decorrer do curso. A sala da diretoria também passará a ter uma ampla interação com a rua.
Joana Eliza Uliano Andrade
Duan Kalil Haddad
Catarina Calil Breymaier
Caio Sertório Paulo Ferreira
John Paul Kaufen
Maia Levinbuk Schmiliver
Gabriel Cesar Da Costa Esilva
Maria Clara Van Deursen
Sofia Villela Borges
Ramon Estiarte Coves
Gabriela Anjos Telles Rudge
Alexia Lohken
Giovana Whang Tak
Professores: Luciano Margotto e Moracy Amaral