Praça – Etapa 2
Entre a escola Escola Hugo Lacorte Vital e a Rua Cantanhede, no CDHU, há um terreno livre onde já acontecem diversas atividades da comunidade. A área de 30 por 25 metros aproximadamente, central em relação ao Caminho, possui um talude de terra, que simula uma arquibancada. Essa área é destinada a lazer e jogos das 352 famílias residentes do conjunto, porém não foi construída e coube aos moradores o encargo de coordenar e executar as obras, com parcos recursos próprios.
Dada a condição topográfica do Jardim Maria Sampaio, formado por um conjunto de morros e nascentes densamente ocupados, e a ocupação oficial extensiva do tecido urbano, o bairro carece de espaços públicos livres. Esse pequeno campo de futebol realizado pelos moradores é um lugar especial e simbólico para toda vizinhança, que enxerga ali a possibilidade de abrigar os desejos coletivos por um vida em comunidade.
A intervenção passa por duas dimensões: uma construção de terra e uma construção de sombra. A primeira está situada entre a área da nova Praça e os muros da escola. É formada por uma contenção geotécnica do terreno em forma de arquibancadas, que se transformam em degraus em parte do caminho que liga o Lago à Horta. Cada um dos patamares é um convite ao descanso e à contemplação, mas ao mesmo tempo é um auditório aberto para os dias de festas e jogos. A construção de sombra é a passagem animada entre a rua e a praça. Ali já existem, de forma um pouco improvisada, porém construindo a frente da praça, os bares e lanches para a confraternização dos moradores.
A praça é o lugar de encontro, onde se pode ficar à vontade, e que acolhe conjuntamente moradores, visitantes e curiosos, que buscam sol, sombra, repouso, encontro e muita música e festa nos finais de semana. Durante a semana, aulas de esporte ou dança poderiam acontecer na praça. A construção de sombra poderia amparar estes novos usos. Uma ação de necessidade imediata, que será o epicentro efervescente do projeto.